sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Como a Classe B compra seu imóvel




O profissional de marketing deve estar atento a todos os movimentos do mercado. Mas não só mercadólogos puderam perceber a entrada intensa de empresas nacionais do setor imobiliário na Grande Vitória – ES desde 2007.
E o foco dessas grandes empresas não está só no luxo não, está principalmente em outro público, a Classe B. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa – ABEP esta classe é formada por famílias com renda média entre R$ 2.013 e R$ 3.479,00.
A presença deste público em eventos do setor na região foi representativa. Cerca de 70% dos interessados em adquirir um imóvel em uma feira em 2007 disseram preferir apartamentos com valores entre 70 e 90 mil reais, valor financiado pela Caixa Econômica Federal para este cliente.
No entanto a opinião dos interessados em relação ao produto ofertado parece não ter sido ouvida. De acordo com uma pesquisa de grupo de foco realizada com interessados que se encontram na fase da pesquisa do imóvel ou acabaram de adquirir, disseram que os imóveis em locais isolados, mesmo que dentro de condomínios fechados não chamam a atenção.
No momento da decisão um bairro próximo à família ou ao trabalho pesa tanto quanto comércio próximo. A localização ficou em segundo lugar na lista de influenciadores na decisão de compra, antecedida pelo fator que pode descartar ou chamar atenção desde o primeiro contato com o target, o preço!
Quando o assunto é o produto em si as exigências não surpreendem. Essas famílias buscam espaço privativo com conforto no tamanho. Pensam nos quartos e suíte, mas não acreditam que a área de lazer seja importante neste momento.
A área comum, fator principal da maioria das campanhas publicitárias destes imóveis, na realidade não torna o produto atrativo aos olhos deste cliente. O que ele faz é virar o panfleto para saber onde fica, quanto custa e quantos quartos possui.
Se o interesse chegar até o corretor ou consultor imobiliário, este deve ser paciente e ouvir antes de agir. Em relação a esse intermediário percebe-se que o cliente ainda leva na memória uma má impressão. A opinião do público pesquisado revela que o corretor não ouve e serve como simples disseminador de informações que recebeu por orientação.
Atenção empresas e profissionais do mercado imobiliário capixaba!
Seus clientes querem atender as próprias necessidades, um cliente não é igual ao outro. Querem espaço e calor humano aliado a segurança e tranqüilidade.
A simples regra de acompanhar as necessidades e desejos do seu público pode evitar muito esforço e investimento jogado fora.

Retirado do Artigo Científico “Mercado imobiliário capixaba: O comportamento de consumo do público classe B e a estratégia de marketing aplicada” escrito por Rany Schultz a André Zummach

rany.mkt@gmail.com

3 comentários:

  1. Realmente hoje vemos muitos anúncios, de certa forma muito parecidos, parece o mesmo produto, e os profissionais que deveriam auxiliar no processo de compra, que são os corretores, seguem a um script feito por um gerente de venda, que na grande maioria são práticos, e não profissionais.
    Quando se trata de produtos de compra comparada que é o caso dos imóveis, todos os fatores são importantes, e a percepção de preço é muito importante neste processo, pois este imóveis geralmente são financiados por muito tempo e precisão de uma decisão bem estudada por parte dos consumidores.

    Ricardo Freire

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  2. Oi Rany, Ricardo
    Muito boa sua iniciativa.. Tem tudo pra dar certo. Sucesso!!!
    Felipe G.

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  3. minha prof *_*
    ahahhaha zuera

    legal o artigo rany, espero aprender muito com vc ^^

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